Tudo parecia comum. Eu e mamãe nos arrumávamos para ir almoçar no Pelinca Gourmet, mais uma vez. O celular toca, mamãe vai atender. Ela fica claramente nervosa, e pergunta para quem esta do outro lado da linha: “Mas, ele está bem?”.
Nunca pensei que isso pudesse acontecer comigo, é o tipo de coisa que nós sempre achamos que só acontece na casa do vizinho. Mas, aconteceu e aconteceu com o meu pai. Ele sofreu um acidente de carro, e naquele dia 18 eu vi coisas que nunca imaginei. Ele foi levado para o hospital público de Macaé, tinha quebrado o osso da canela, o calcanhar e um osso perto do joelho. Lá eles só disseram que foi uma pequena quebradura no calcanhar, colocaram um gesso que só piorou tudo. Foi horrível, ver meu pai naquela maca, num corredor de hospital.
Porém, do mesmo jeito que estava triste e sem entender porque aquilo tudo estava acontecendo comigo, com a minha família. Com tanta gente ruim no mundo, porque tinha que acontecer comigo? É, eu sei isso é muito egoísta sim, mas numa hora dessas essa era a melhor bobagem que se passava na minha cabeça. Apesar dos pesares, estava agradecendo a Deus, por nada de pior ter acontecido. Tinha brigado muito feio com ele no dia anterior, e se não tivesse dado tempo de eu pedir desculpas, não pelas minhas palavras, mas pelo modo em que falei. Quando o vi vivo, senti que estava tento uma nova chance.
Uma chance que eu não desperdiçaria, não dessa vez.
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