Do sangue ao verdadeiro amor.

Saindo da base de que: o que existe não é o sangue, e sim o vínculo...

Família, tudo bem que todo mundo ama a sua (ou pelo menos diz a regra do mundo que deveria amar)... mas vamos combinar que nem tudo que escutamos e vemos em nossa casa é tão amável assim. Se formos parar para pensar direitinho, iremos perceber que muitas vezes nos damos melhor com pessoas com quem não temos o 'vínculo sanguíneo' do que com pessoas com quem temos. Se prestarmos atenção iremos perceber que se determinada pessoa não fosse do nosso 'convívio biológico' não seriamos nem amigos, provavelmente nem nos conheceríamos.

Quando somos crianças somos criados e é nesse momento da vida desde bebê, que vão sendo criados os vínculos de amor com determinadas pessoas. Dá pra entender essa historia do vínculo ser muito mais importante que o sangue, com crianças que não foram criadas por seu pais biológicos, muitas crianças vão para suas mães de criação quando ainda são muito pequenas e são criadas a vida inteira pela aquela pessoa que não lhe deu apenas recursos financeiros, lhe deu amor (AMOR, que vale muito mais do que qualquer sangue nesse mundo!).

Quando somos crianças ainda não adquirimos experiência suficiente para escolher as pessoas que queremos ou não, levar para nossa vida independente dos 'vínculos sanguíneos', mas quando chegamos a adolescência conseguimos apreender melhor toda essa situação; é nessa parte da vida que encontramos aquela que talvez seja a verdadeira felicidade familiar, o momento em que juntamos a parte de nossa família de sangue (aquela parte que realmente importa) e nossa família de amor. E com isso conseguimos passar por tudo nessa vida, por todos os sofrimentos e felicidades que a vida nos impõe.

Eu já juntei a minha, que juntando as duas vira a minha grande e maravilhosa família de coração. E são eles que eu amo e que não abro mão por nada nesse mundo.

Beijos, voltem sempre :*

*imagem: "A Família", de Tarsila do Amaral.