Há alguns dias atrás, recebi um e-mail, com esse texto e me encontrei bastante nele. Fiquei pensando no que ele diz e percebi que às vezes eu me sinto exatamente assim. O texto fala sobre a falta de animo, a falta de gosto pela vida em que muitas vezes, nós adolescentes, nos encontramos.
Se formos parar para pensar direitinho, quantas vezes, nós já nos sentimos tristes, só porque não temos uma boa festa no sábado a noite? Quantas vezes quando estamos tristes e nossos pais nos chamam para irmos à casa da avó ou coisa parecida, isso não nos traz felicidade? Quantas vezes, um quarto escuro, uma boa cama, é melhor do que um dia de sol? Mas, a pergunta que resume isso tudo é: o que realmente nos traz felicidade?
O sol, o parque ou a casa da avó não são suficientes?
Hoje, eu acho que não. Mas nós podemos mudar o amanha. Tudo pode ser diferente desde o momento em que amanha a gente deixe entrar em nossas jovens almas a simples felicidade de estar vivo.
O texto a baixo foi escrito por Flávio Mussa Tavares:
DESAGRADO PELA VIDA
Tenho observado em faixas etárias infantojuvenis um incompreensível desagrado pela vida. Que pessoas de idade madura ou avançada, cansados de desilusões, desacertos e desapontamentos, percam o interesse pelas amenidades da vida, é compreensível. O que tem me causado espécie, em minha vida de médico, é assistir o crescente e assombroso senso de desvalor ou desamor pela vida em crianças e jovens. Percebe-se essa emoção negativa através de expressões verbais empregadas, dos atos de violência, de tentativas frustras de suicídio e de assassinatos entre eles. A que atribuir essa infantilização de emoções e atitudes tipicamente adultas? Como entender a depressão na infância? Como julgar razoável que um jovem perca o interesse pela vida social? A quem ou a que responsabilizar pela baixa estratificação etária de todos estes males? Algumas justificativas (como se fosse fácil explicar as coisas da alma) apontam a mídia, outras a toxicomania, outras os novos videogames de violência e até a Internet. Todavia, apesar de haver um equacionamento do problema com essas explicações, não se consegue entender como e quando a criança começou a perder a alegria. Eu percebo a nossa vida urbana e capitalista como um grande oceano de excitações nervosas. As crianças em tenra idade são bombardeadas com uma carga de estímulos ao cérebro de enormes proporções. Cores, luzes, sons e movimento. Todas estas coisas estão exaltando os cinco sentidos e levando muitas mensagens ao cérebro, que chegam como furacões. O cérebro, por sua vez, responderá com uma maior circulação de dopamina, adrenalina, noradrenalina e serotonina. Estas substâncias comandam a condução dos estímulos por todo o corpo, dando sensação de bem estar e uma enorme vontade de repetir continuamente. De tal forma essas crianças ficam habituadas a esta super excitação, que não sabem mais viver sem elas. São tantos sinais de euforia, que estes jovens não conseguem ter emoções naturais. Olhar um campo florido, uma praia deserta, uma paisagem montanhosa, uma geleira ou simplesmente aquele belo dia de sol não são mais suficientes para produzir estímulos para a vida. Se elas ficam sem Internet, sem festas barulhentas, pensam que a vida é triste. P seu ânimo vem sempre de fora. Só sentem-se bem com a exaltação de humor, a euforia, a excitação dos sentidos causada pelas parafernálias eletrônicas ou por estímulos químicos. E partem para drogas sintéticas, músicas eletrizantes e sem sentido e quando essas emoções já não conseguem produzir euforia, querem morrer. Acho que as escolas, os pais e toda a sociedade precisam acender o tema do amor pela vida e ajudar as crianças e jovens a descobrir o que é a alegria sem aditivos. Espero que a juventude submersa no desagrado pela vida não seja o preço que a sociedade tenha que arcar pela transformação do Brasil num país desenvolvido e sofisticado.
Se formos parar para pensar direitinho, quantas vezes, nós já nos sentimos tristes, só porque não temos uma boa festa no sábado a noite? Quantas vezes quando estamos tristes e nossos pais nos chamam para irmos à casa da avó ou coisa parecida, isso não nos traz felicidade? Quantas vezes, um quarto escuro, uma boa cama, é melhor do que um dia de sol? Mas, a pergunta que resume isso tudo é: o que realmente nos traz felicidade?
O sol, o parque ou a casa da avó não são suficientes?
Hoje, eu acho que não. Mas nós podemos mudar o amanha. Tudo pode ser diferente desde o momento em que amanha a gente deixe entrar em nossas jovens almas a simples felicidade de estar vivo.
O texto a baixo foi escrito por Flávio Mussa Tavares:
DESAGRADO PELA VIDA
Tenho observado em faixas etárias infantojuvenis um incompreensível desagrado pela vida. Que pessoas de idade madura ou avançada, cansados de desilusões, desacertos e desapontamentos, percam o interesse pelas amenidades da vida, é compreensível. O que tem me causado espécie, em minha vida de médico, é assistir o crescente e assombroso senso de desvalor ou desamor pela vida em crianças e jovens. Percebe-se essa emoção negativa através de expressões verbais empregadas, dos atos de violência, de tentativas frustras de suicídio e de assassinatos entre eles. A que atribuir essa infantilização de emoções e atitudes tipicamente adultas? Como entender a depressão na infância? Como julgar razoável que um jovem perca o interesse pela vida social? A quem ou a que responsabilizar pela baixa estratificação etária de todos estes males? Algumas justificativas (como se fosse fácil explicar as coisas da alma) apontam a mídia, outras a toxicomania, outras os novos videogames de violência e até a Internet. Todavia, apesar de haver um equacionamento do problema com essas explicações, não se consegue entender como e quando a criança começou a perder a alegria. Eu percebo a nossa vida urbana e capitalista como um grande oceano de excitações nervosas. As crianças em tenra idade são bombardeadas com uma carga de estímulos ao cérebro de enormes proporções. Cores, luzes, sons e movimento. Todas estas coisas estão exaltando os cinco sentidos e levando muitas mensagens ao cérebro, que chegam como furacões. O cérebro, por sua vez, responderá com uma maior circulação de dopamina, adrenalina, noradrenalina e serotonina. Estas substâncias comandam a condução dos estímulos por todo o corpo, dando sensação de bem estar e uma enorme vontade de repetir continuamente. De tal forma essas crianças ficam habituadas a esta super excitação, que não sabem mais viver sem elas. São tantos sinais de euforia, que estes jovens não conseguem ter emoções naturais. Olhar um campo florido, uma praia deserta, uma paisagem montanhosa, uma geleira ou simplesmente aquele belo dia de sol não são mais suficientes para produzir estímulos para a vida. Se elas ficam sem Internet, sem festas barulhentas, pensam que a vida é triste. P seu ânimo vem sempre de fora. Só sentem-se bem com a exaltação de humor, a euforia, a excitação dos sentidos causada pelas parafernálias eletrônicas ou por estímulos químicos. E partem para drogas sintéticas, músicas eletrizantes e sem sentido e quando essas emoções já não conseguem produzir euforia, querem morrer. Acho que as escolas, os pais e toda a sociedade precisam acender o tema do amor pela vida e ajudar as crianças e jovens a descobrir o que é a alegria sem aditivos. Espero que a juventude submersa no desagrado pela vida não seja o preço que a sociedade tenha que arcar pela transformação do Brasil num país desenvolvido e sofisticado.
Espero que gostem!
Beijos:*