domingo, 3 de outubro de 2010

Ser capitã desse mundo, poder rodar sem fronteiras, viver um ano em segundo, não achar sonhos besteiras." Maria Gadú

Por toda vida passamos por várias fronteiras consciente e inconscientemente. Todos os dias temos que romper barreiras, das mais simples as mais complexas. É um desafio, uma exercício de superação. Essa vontade de fazer melhor que nos impulsiona, que nos dá força para conquistar outras coisas.
O âmbito familiar é onde começamos a exercer nossa superação, aprende-se a andar e falar. Diante disso, nos tornaremos cada vez mais independentes e capazes de escolher o que será melhor para o futuro. Nesse sentido surge o vestibular, onde escolhe-se uma profissão e a seguir atravessamos a divisa da adolescência pra a vida adulta. Assim, vem as contas, o emprego e os filhos para cuidar. Passar por todas essas fronteiras nos dará trabalho, mas também será gratificante saber que somos capazes.
Em última análise, durante toda vida teremos que nos superar. Por tanto cabe a nós mesmos, perceber os bons limites e tentar solucioná-los, sem passar da fronteira do certo. "A vontade de cada homem, de cada mulher é como a bússola de um navio: para onde ela aponta o navio segue." Como sublinha Marie Correli, a possibilidade de sonhar, quebrar barreiras e por em prática é o que nos move. O que nos torna singular.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Em muitas pessoas já é um descaramento dizer “eu”.

Como pressupõe o título, o tema é alienação. É inacreditável o modo como muitas pessoas deixam-se influenciar completamente pelo que ouvem na família, nas ruas, na igreja e principalmente, em muitos casos, na mídia. Em época de eleições esta questão fica ainda mais clara, partindo do pressuposto, que a população se deixa levar por uma mídia que se preocupa mais em influenciar do que informar e entreter - que deveriam ser seus verdadeiros objetivos.

O telespectador e leitor não se preocupa em investigar a vida do candidato, ao que parece o mais importante é votar em quem todo mundo vota ou então dar seu voto imaginando que é um protesto. Então em vez disso, o eleitor vota em Tiririca. O que era para ser um ‘protesto’, dá um posto de deputado no Congresso a um palhaço, que não faz ideia do que um deputado faz como ele mesmo diz, em sua propaganda no horário eleitoral gratuito. Horário no qual, deveria servir para sabermos das propostas dos candidatos, mas em vez disso eles falam ‘abobrinhas’, ou então distribuem criticas um ao outro.

Em resumo, faltam quatro dias para eleição, ainda dá tempo de fazer algo para mudar o país. Não precisamos achar que só temos uma opção de voto. Temos várias, e muitas delas não são frutas, palhaços, jogadores de futebol ou coniventes com tráfico de influência dentro Palácio do Planalto. Agora não há mais tempo para alienação, só tempo para consciência política, discernimento e esperança para que algum dia possamos realmente ter um Brasil de todos.


P.s.: Eu estava com saudades de escrever aqui. Espero que gostem desde post. Beijos.

* Título de Theodor Adorno, fragmento do parágrafo 29 de Mínima moralia.